Escrever...
Escrever porque sim, escrever porque não, escrever porque não quero falar, escrever porque nem sequer escrever me apetece.
É essa a aventura da escrita. Exprimir toda e qualquer emoção.
No fundo escrever é oficializar formalmente a esquizofrenia humana, convencionar o turbilhão emocional que nos varre.
Não interessa se há quem goste, quem leia... no limite nem interessa escrever ou o que escrevemos ou a pessoa e a emoção que somos quando escrevemos.
Ainda a este respeito, confesso que estou rendido. Incondicionalmente.
Trocava grande parte das palavras que já escrevi pela capacidade de escrever estas palavras, desta forma:
Mesmo que os meus versos nunca sejam impressos,
Eles lá terão a sua beleza, se forem belos.
Mas eles não podem ser belos e ficar por imprimir,
Porque as raízes podem estar debaixo da terra
Mas as flores florescem ao ar livre e à vista.
Tem que ser assim por força. Nada o pode impedir.
Alberto Caeiro (07-11-1915)
Este blog é, deste modo, a face visível das minhas raízes, a flor e a erva daninha que convivem dentro de mim.
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